Fazendeiro suspeito de extorsão é preso novamente em Iúna

18-05-2012 11:50

 

 

A Polícia Civil prendeu, novamente, o fazendeiro e empresário no ramo de café, Eduardo Gomes de Matos, suspeito de extorsão contra produtores rurais de café, na região de Iúna, Sul do Estado. A nova prisão foi na manhã desta segunda-feira (14). O empresário foi preso em novembro, no ano passado, e absolvido neste mês de maio em um dos processos que investiga crimes de extorsão, pistolagem, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro na Região Sul.

Eduardo Gomes de Matos não resistiu à prisão, de acordo como superintendente da Polícia do Interior, delegado Danilo Bahiense. “O empresário estava na fazenda dele, em Iúna, quando recebeu voz de prisão, por volta das 6 horas de hoje (segunda-feira)”, disse o delegado. O empresário foi conduzido ao Distrito Policial (DP) de Iúna, e, posteriormente, encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana. O empresário nega envolvimento em qualquer tipo de crime no município de Iúna ou na região.

Outros dois homens tiveram prisões decretadas, de acordo com o delegado. São eles os irmãos Paulo Marcos da Costa Fernando e César da Costa Fernando. Os irmãos ainda são suspeitos de extorquir produtores rurais a mando de Eduardo Gomes de Matos. Os dois também são acusados de pistolagem. Paulo Marcos e César estão foragidos fora do Espírito Santo, segundo Danilo Bahiense. A Polícia Civil já concluiu 11 inquéritos relacionados aos crimes ocorridos em Iúna, sendo dez por extorsão e um por formação de quadrilha. Restam ainda a conclusão de outros 14 inquéritos.

Envolvimento de policiais

Além dos irmãos e do empresário Eduardo Gomes, a Polícia Civil e o Ministério Público investigam o envolvimento de policiais militares nos crimes ocorridos em Iúna. No início deste mês, O tenente-coronel Weliton Virgílio Pereira – ex-comandante do 14ª Batalhão da Polícia Militar de Ibatiba, região do Caparaó – foi considerado inocente no caso de uma denúncia de extorsão contra um casal do município.

O tenente-coronel foi solto, assim como os policiais militares Sandro Magueno Viana e Hamilton Mello de Souza, o fazendeiro Eduardo Gomes de Matos, o empresário Amyntas Gomes de Matos e o comerciante Jorge Antônio de Matos, presos por causa da suspeita de envolvimento com o mesmo crime.

A sentença judicial, proferida pelo juiz de Iúna, Marcelo Jones de Souza, é relativa à acusação de extorsão cometida contra um casal do município, na qual os seis foram acusados. De acordo com a sentença, a Justiça entendeu que os depoimentos das vítimas foram contraditórios, além de provas consideradas insuficientes e da chamada “extinção da punibilidade” no caso do tenente-coronel, do fazendeiro Eduardo de Matos e de Amyntas de Matos. Isto é, o prazo para alguma punição por parte do Estado prescreveu.

Paulo Rogério
Rádio CBN Vitória